Com 2,4 quilómetros de extensão e uma nova ponte sobre o rio Ave, a Variante à EN14, entre a Interface Rodoferroviária da Trofa e Santana, foi hoje integralmente aberta ao tráfego, representando mais um marco no conjunto de investimentos da IP no âmbito do PRR.
Foi hoje aberto ao tráfego o último lanço da nova Variante à EN14, entre a Interface Rodoferroviária da Trofa e Santana, entrando também em serviço a nova Ponte sobre o rio Ave.
O momento foi assinalado com uma iniciativa que decorreu ao início da tarde na nova Ponte sobre o rio Ave e contou com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, dos Presidentes das Câmaras Municipais de Vila Nova de Famalicão e da Trofa, Mário Passos e António Azevedo respetivamente, e do Vice-Presidente da IP, Carlos Fernandes.
Com a abertura ao tráfego deste troço, com uma extensão de 2,4 quilómetros, fica assim concluída a nova Variante à EN14, que irá eliminar os atuais constrangimentos à mobilidade no atravessamento do centro urbano da Trofa, melhorar as acessibilidades ao Hospital da Trofa e à estação ferroviária, e diminuir os tempos de percurso para o tráfego com destino às zonas industriais e comerciais existentes.
A intervenção incluiu a construção de quatro rotundas, que vão contribuir para a melhoria das acessibilidades e de um conjunto de restabelecimentos desnivelados que vão assegurar a ligação à rede viária local.
A nova ponte, com 163 metros de extensão, localiza-se na zona de Carqueijoso, ligeiramente a Norte do Hospital da Trofa, a cerca de um quilómetro a montante da atual ponte sobre o Rio Ave na EN14.
Este investimento, de cerca de 12,5 milhões de euros, é desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia.
Esta é a nona obra a cargo da IP, promovida no âmbito do PRR, que foi já concluída e se encontra ao serviço da mobilidade das populações e do transporte de mercadorias, promovendo a coesão territorial, a competitividade das empresas e o desenvolvimento das regiões.
Vídeo de apresentação da obra
Notícia relacionada 14/07/2024
Sobre a EN14
O empreendimento da EN14 liga os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, através da EN14 e da nova Variante à EN14.
Numa primeira fase foi executada uma empreitada de requalificação da EN14., que teve um investimento associado de 3,2 milhões de euros, numa extensão de 4 km e que está em funcionamento desde julho de 2019, a qual teve as seguintes intervenções:
- EN14 – Beneficiação do troço entre Santana e Vitória
- EN14 – Beneficiação e duplicação do troço entre Vitória e a ligação à Variante de Famalicão
- Rotunda de Santana
No que se refere à variante à EN14, é dividida por quatro troços e empreitadas independentes:
- Interface Rodoferroviária da Trofa;
- O troço entre o Nó do Jumbo e a Via Diagonal;
- O troço entre a Via Diagonal e a Interface Rodoferroviária da Trofa;
- O troço entre Santana e Trofa e a construção da nova Ponte sobre o rio Ave.
As intervenções no corredor da EN14 entre Maia e Vila Nova de Famalicão visam melhorar as condições de segurança e acessibilidade numa zona densamente povoada e com grande dinâmica empresarial, mas fortemente condicionada pelo elevado grau de congestionamento e pressão marginal que caracterizam a atual Estrada Nacional.
As especificidades intrínsecas das zonas atravessadas, que implicam necessariamente soluções adequadas, assim como os diferentes estágios de desenvolvimento dos projetos de execução, levaram à subdivisão das intervenções em três lanços principais: “Maia / Trofa”, “Variante à Trofa” e “Trofa / Vila Nova de Famalicão”.
O investimento neste corredor é prioritário e não se limita a solucionar os problemas de fluidez do tráfego, visando também contribuir para:
- Aproximar a indústria aos eixos que constituem a malha fundamental para o transporte de pessoas e mercadorias, tendo como foco a rede de autoestradas que caracteriza a envolvente (A3, A7 e A28);
- Potenciar a Zona de influência do Aeroporto Sá Carneiro e do Porto de Leixões;
- Melhorar a articulação com as infraestruturas ferroviárias.
Forte execução coloca IP como referência nacional na concretização do PRR
Todos os projetos rodoviários a cargo da empresa estão em execução no terreno ou foram já concluídos
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visa reforçar a robustez social, económica e territorial e acelerar a dupla transição digital e climática.
A IP está a implementar uma forte execução dos projetos cuja responsabilidade lhe está confiada, posicionando-se como referência na concretização do PRR português, ao atingir 290 milhões de euros de verbas recebidas da União Europeia para a implementação deste ambicioso Plano.
O PRR apresenta várias características que o distinguem de outros instrumentos da UE, destacando-se que é a primeira vez que o modelo de "financiamento não associado aos custos" é aplicado em grande escala, com os pagamentos a dependerem do cumprimento satisfatório dos marcos e metas previamente acordados em vez de se basearem apenas no reembolso dos custos.
Para garantir esta forte execução financeira, a IP superou todos os Marcos (objetivos concretos e verificáveis, ligados a indicadores) definidos nos quatro contratos de financiamento que assinou no âmbito da Componente 7 – Infraestruturas e Componente 15 – Mobilidade Sustentável.
Das 25 obras contratadas pela IP no âmbito da Componente 7 do PRR, nove obras encontram-se já concluídas e todas as restantes estão em plena execução no terreno.
Na Componente 15 (ferroviária), a empreitada de conceção\construção inserida na Digitalização do Transporte Ferroviário está, também, em execução.
Importa, recordar que os investimentos da IP contribuem para assegurar um território mais competitivo e mais coeso, com um grande investimento nas acessibilidades a Áreas de Acolhimento Empresarial, reforço da ligação transfronteiriça, bem como, conclusão de ligações em falta. Os nossos projetos têm uma abrangência territorial muito ampla, sem descurar o interior do País.